sábado, 4 de outubro de 2008
Meliponário Rústico
Nesta imagem temos um meliponário rústico, e meliponários podem ser feitos com os mais variados materiais disponíveis, contanto que permitam uma estabilidade no local em que os mesmos se encontram; e também fiquem embaixo de algum local com sombra, de preferência árvores que, mesmo frutíferas, os frutos sejam de pequeno porte, para que não venham a danificar a estrutura do meliponário, que pode sofrer avarias, principalmente em sua cobertura.
A disposição das caixas deve ser feita de modo que haja um aproveitamento no espaço do terreno. Mas não deixando de manter um pequeno espaço que seja, entre as caixas, ou colônias de abelhas. Fator indispensável, principalmente quando forem feitas as duplicações de caixas.
Casas com quintais de médio porte podem servir de local para a instalação de meliponários, mas é importante que próximo à residência exista alguma área arborizada.
Muitos criadores dizem, com razão, que residências mais localizadas nas periferias das cidades são ideais, não somente devido à maior disponibilidade de campo de extração de néctar, mas, sobretudo, ficam menos vulneráveis às pulverizações de inseticidas no combate à dengue nos grandes centros urbanos, ações essas que conseguem danificar colônias de abelhas, como já verificado por nós.
domingo, 24 de agosto de 2008
Onde estão as Abelhas?
Essa foto foi tirada há dois meses numa mata atlântica, e mostra uma espécie de abelha indígena sem-ferrão trigona. Essas abelhas trigonas, por seu tamanho diminuto, são mais fáceis de serem encontradas, pois necessitam de pouco espaço, tanto para ocupar algum local que sirva de ninho, como tijojos furados, paredes, reentrâncias as mais diversas que possam proporcionar-lhes um desenvolvimento enquanto colônia, como o "campo melífero", ou o seu raio de ação em termos de coléta de néctar é menor, podendo muito bem ser encontrada no meio urbano.
Já constatei abelhas trigonas na área urbana, pois, ao contrário das melíponas (jandaíra, uruçu, tiúba, mandaçaia, etc.) que são abelhas maiores, elas estão presentes, mesmo que "invisíveis" ao nosso campo de visão.
Não foi o caso da colônia acima, em que a entrada do ninho mostra-se desproporcional ao tamanho das abelhas.
Observar a vida das abelhas, é observar e entender a vida de um modo geral, a começar por uma pequena escala.
sábado, 19 de julho de 2008
E como perceber uma florada?
Uma forma de perceber que há uma florada "atuante" no campo, é quando as jandaíras não querem saber de alimentação artificial ministrada externamente, ou seja, em bandejas externas, colocadas para este fim. Não adianta colocar mel puro para servir como "guia" até as bandejas, ou qualquer outra estratégia, pois as abelhas já têm um endereço certo para a sua alimentação. No nosso caso é a florada do cajueiro, e quase simultaneamente a da manga. Então é ficar despreocupado com a manutenção das colônias.
domingo, 15 de junho de 2008
Medidas e Modelos de Caixas Para Abelhas
Temos vários modelos de caixas utilizados Brasil afora, na criação de abelhas indígenas, ou sem-ferrão, ou as chamadas melíponas, e as caixas e suas medidas dependem do tipo de abelha, pois existem modelos de acordo com o tamanho da mesma. Este site http://www.apacame.org.br/mensagemdoce/45/nativas.htm é o melhor que já pesquisei e mostra de forma didática e muito acessível visualmente, quais as medidas mais apropriadas para a criação das abelhas. Aqui no Nordeste, em algumas regiões, notadamente no Ceará e no Rio Grande do Norte, temos as chamadas "caixas nordestinas", uma caixa que facilita a coleta do mel, e por ser mais rústica é de mais fácil confecção. São cortiços horizontais tais como aquela foto anterior à da caixa PNN, e as medidas são 10cm de altura, 7cm de largura e 50cm a 75 cm de cumprimento
terça-feira, 27 de maio de 2008
quinta-feira, 22 de maio de 2008
PNN - A Evolução
A caixa PNN, idealizada pelo Professor Paulo Nogueira Neto, pode ser tida como o modelo mais racional em termos de criação de abelhas sem-ferrão, ou abelhas indígenas, ou nativas. Praticamente com a PNN podemos dizer que nasceu o termo "meliponicultura", pois mostrou eficaz ao praticar uma criação de melíponas semelhante à criação das abelhas apis, ou as européias e africanizadas aqui aclimatizadas.
Esta caixa permite uma ação menos prejudicial à colônia, pois a interferência no "ninho" se dá através das melgueiras na parte de cima da caixa, ficando o primeiro andar, ou o "chão" da caixa onde está o ninho, ou os discos de cria e potes de pólen, intactos. Daí que a colônia sofre pouco e volta à sua atividade normal em pouco tempo.
As caixas devem ser de tamanhos variados, dependendo da abelha que está sendo criada, pois abelhas melíponas, maiores, como a mandaçaia, tiúba, jandaíra, requerem medidas maiores, maiores espaços internos; ao passo que as trigonas, menores, requerem espaços menores, fazendo com que tenhamos dois ou três tipos de caixas PNN quanto ao tamanho.
sábado, 17 de maio de 2008
Qual o Melhor Tipo de Madeira Para as Caixas?
Na experiência que temos em nosso meliponário, depois de anos de lida com as jandaíras, através da observação e do que pesquisamos chegamos em algumas conclusões quanto ao tipo de modelo de caixa que se aproximasse do "ideal", tanto na praticidade da lida, como na colheita do mel, quanto na maneira de abrir e interferir no desenvolvimento da colônia.
Quanto ao tipo de madeira, usamos vários tipos, desde o compensado naval, passando pelas madeiras mais nobres como maçaranduba, até a chamada madeira de construção, que são aquelas tábuas mais fáceis de serem encontradas, como mais acessíveis em termos de preço.
Se nas madeiras maciças, ou mais nobres, temos uma perspectiva muito longa em termos de conservação e também à sua imunização quanto a cupins, ela é mais pesada na lida, e é mais cara, além de ser mais difícil o manuseio, pois requer mais força e energia no seu corte. Devem ser utilizados principalmente no tipo PNN; mas se mostrou eficaz no modelo mais convencional aqui do Nordeste, como o modelo mostrado na figura acima.
No chamado compensado naval, o mesmo se tornou muito durável, se pintado e protegido da chuva, mostrando-se bem acessível em termos de preço, apenas dificultando quanto à confecção das caixas, pois se mostrou melhor adaptado em um modelo híbrido PNN/Uberlândia, que desenvolvemos.
Já as madeiras menos nobres e mais fácil de ser encontradas, elas têm a vantagem de, ao serem escolhidas, ou selecionadas, já virem em um formato que facilita a confecção no modelo acima mostrado, mas mesmo pintadas, não impediu que os cupins tomassem conta e "denotassem" caixas que têm a sua vida útil diminuída, na média, em cinco anos, dependendo da infestação dos cupins, que são o pior inimigo para este tipo de caixa, pois são "porosas" mais leves e os cupins têm uma prefer~encia, como podemos notar, e não adiantou combater os cupins, pois eles vêm de todos os lados, ultrapassam até a graxa que colocamos nos pés das preteleiras. Mas essas madeiras compensam essa porosidade por serem mais espessas, e fáceis de serem trabalhadas.
Por isso, antes de escolher a madeira, devemos primeiro definir o modelo, para depois usar um tipo de madeira que vá de acordo com o local em que a mesma esteja, se protegida da chuva ou não, e dependerá do manuseio pretendido para o meliponário, pois pode-se escolher madeiras menos nobres e depois, com o tempo - e a ação dos cupins - simplesmente substuímos por caixas novas.
Quanto ao tipo de madeira, usamos vários tipos, desde o compensado naval, passando pelas madeiras mais nobres como maçaranduba, até a chamada madeira de construção, que são aquelas tábuas mais fáceis de serem encontradas, como mais acessíveis em termos de preço.
Se nas madeiras maciças, ou mais nobres, temos uma perspectiva muito longa em termos de conservação e também à sua imunização quanto a cupins, ela é mais pesada na lida, e é mais cara, além de ser mais difícil o manuseio, pois requer mais força e energia no seu corte. Devem ser utilizados principalmente no tipo PNN; mas se mostrou eficaz no modelo mais convencional aqui do Nordeste, como o modelo mostrado na figura acima.
No chamado compensado naval, o mesmo se tornou muito durável, se pintado e protegido da chuva, mostrando-se bem acessível em termos de preço, apenas dificultando quanto à confecção das caixas, pois se mostrou melhor adaptado em um modelo híbrido PNN/Uberlândia, que desenvolvemos.
Já as madeiras menos nobres e mais fácil de ser encontradas, elas têm a vantagem de, ao serem escolhidas, ou selecionadas, já virem em um formato que facilita a confecção no modelo acima mostrado, mas mesmo pintadas, não impediu que os cupins tomassem conta e "denotassem" caixas que têm a sua vida útil diminuída, na média, em cinco anos, dependendo da infestação dos cupins, que são o pior inimigo para este tipo de caixa, pois são "porosas" mais leves e os cupins têm uma prefer~encia, como podemos notar, e não adiantou combater os cupins, pois eles vêm de todos os lados, ultrapassam até a graxa que colocamos nos pés das preteleiras. Mas essas madeiras compensam essa porosidade por serem mais espessas, e fáceis de serem trabalhadas.
Por isso, antes de escolher a madeira, devemos primeiro definir o modelo, para depois usar um tipo de madeira que vá de acordo com o local em que a mesma esteja, se protegida da chuva ou não, e dependerá do manuseio pretendido para o meliponário, pois pode-se escolher madeiras menos nobres e depois, com o tempo - e a ação dos cupins - simplesmente substuímos por caixas novas.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Abelhas na Idade Média
De acordo com esta gravura da época, podemos ter uma noção de como as abelhas eram criadas com a finalidade de fornecer mel para uma população que não conhecia o açúcar, que ainda era considerado uma especiaria vinda de longe e destinada aos nobres... Mas a abelha utilizada nesta exploração racional era a famosa abelha européia, dividida em várias sub-famílias de acordo com a região de origem, e guardando uma característica que lhe é peculiar, frente à abelha africana e africanizada que conhecemos: a abelha européia, apesar de ter ferrão, é relativamente dócil e pode ser criada em quintais próximos de casas. As criações de abelhas certamente era uma maneira fácil de ser obter um alimento saudável e calórico. Com certeza o Clero contribuía para a formação de criatórios de abelhas, e se tornou uma criação que migrou, com a colonização de novas terras. Aqui os colonizadores conheceram as nossas melíponas e trigonas, que não têm ferrão, e por já possuírem técnicas seculares de manejo apícola, deve ter sido algo natural se depararem com as abelhas que já eram criadas pelos indígenas. A abelha é um inseto que, além de promover a polinização das plantas, da flora, ainda fornece e forneceu esse alimento que já foi tido como muito importante para populações em várias partes do mundo, tanto no passado como no presente.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Ninho de Abelha na "axila" de uma Estátua
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