sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A Sentinela


A sentinela é o "vigia" que fica na entrada das colônias das meliponas, ou abelhas sem-ferrão, e a função dessa abelha na entrada dos ninhos seria de regular a entrada ou não deixá-la tão exposta ao meio externo; ou talvez sirva como um "guia" de localização às abelhas campeiras que chegam da "colheita" no campo. Mas o mais intrigante é a escolha de uma abelha da colônia para fazer essa importante função, pois numa divisão de colônias, sempre as duas acabam, ao final do processo, tendo suas próprias sentinelas.
Vídeo demonstrativo: http://www.youtube.com/watch?v=qUKFNhs28cw

domingo, 29 de novembro de 2009

Discos de cria via Sedex?


É possível o transporte de discos de cria via Sedex (Correios) como forma dos criadores evitarem a terrível consaguinidade ocasionada por meliponários com menos de 44 colônias, ou como forma de chegar nesse ótimo número de colônias através das divisões das mesmas? Sim, e ganha-se assim em velocidade na ação, pois o serviço mostra-se ágil, levando até dois dias para efetuar a entrega, o que permite um tempo hábil para que acha a utilização dos discos em uma divisão, mesmo sendo os discos "maduros" ou com crias prestes a eclodir.
Os cuidados no transporte se resumem em colocar os discos em uma pequena caixa de isopor, onde no seu interior "forramos" os discos com algum papel mais macio. Essa caixa de isopor deve ser furada com um palito de dente a fim de permitir a circulação do ar no interior da mesma.
Acomoda-se essa pequena caixa de isopor dentro de uma caixa de papelão maior e entre as duas "forramos" novamente com jornais amassados, como acontece no transporte de mercadorias frágeis. E fura-se também essa caixa de papelão com um palito de dente.
Não deve-se colocar alimento no interior da caixa, tipo cândi, pois pode atrais insetos, notadamente formigas, sendo assim um perigo aos discos de cria.
No mais é aproveitarmos essa possibilidade que temos de haver essa condição de renovação de material genético nas criações, permitindo que a criação se perpetue sem riscos de extinção

domingo, 13 de setembro de 2009

Caixa Muito Rústica

Essa caixa observada é um ótimo exemplo que colônias de abelhas sem-ferrão em todas as regiões do Brasil são acondicionadas sob as mais variadas condições, que vão de caixas rústicas, cabaças (fruto de um tipo de curcubitácea), troncos etc., até caixas racionais. Podemos notar que caixas rústicas, sem pintura externa, com grandes frestas, feitas com madeira não-nobre, além de dificultar o acesso à colheita do mel, têm a vida útil dimuída, além de aumentar o serviço interno das obreiras com a tarefa de fechar as grandes frestas de tais caixas. Como também facilitam o ataque dos predadores e parasitas naturais das colônias.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

As abelhas e Deus


A foto é de uma igreja na Serra de Ibiapaba-Ce. E esta postagem no blog tem a ver com a constatação de que o meu interesse pelas abelhas - que já foi muito maior há dez anos -, sempre esteve relacionado a acontecimentos considerados transcendentes, ou esteve muito relacionado com algum tipo de espiritualidade que só viria aflorar mais tarde... Mas constatei na época que o livro, ou o único livro totalmente voltado para a jandaíra, e que seria uma espécie de tesouro descoberto pelo futuro criador iniciante, era de autoria de um Monsenhor de Mossoró... Que a primeira vez que me vi defronte a um meliponário de verdade - e não através dos livros e vídeos -, foi em um mosteiro jesuíta ao qual estava passando um feriado com a família... Como também o cortiço que adquiri por último com o fito de evitar a consanguinidade na criação, era proveniente, segundo me informou quem o trouxe, de uma criação de um pastor evangélico que tinha os cortiços colocados no sótão de sua igreja, e através dos mesmos, ou com a venda dos mesmos ganhava uma grana extra para o seu sustento... Então Deus esteve muito relacionado, por esse tempo, com o meu começo e entusiasmo com as abelhas. Entusiasmo que espero um dia retomar, porque podemos aprender muito com a observação da natureza, de como os animais vivem sem grandes sobressaltos, a sua condição biológica. Então poderia relatar outros acontecimentos extraordinários que poderiam ganhar ares místicos se os colocasse à baila, mas esses fatos mereciam ser registrados neste blog, como forma de lembrança agradável.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Perigo à Vista?

Apareceu por essas bandas um grupo de saguis, também conhecidos no Nordeste como "Soins", e apesar do meliponário se localizar em um meio urbano, mesmo que numa área limítrofe da cidade, me surpreendeu esta presença desses pequenos animais "andando" pelos muros e telhados das residências, e me veio à mente a possibilidade dos mesmos serem, também, predadores de abelhas sem-ferrão como as jandaíras, principalmente as acondicionadas em caixas e ao alcance da curiosidade primata de tais animais. Só o tempo e a observação haverão de nos responder a essa dúvida.

sábado, 2 de maio de 2009

A "Bíblia" dos Meliponicultores Brasileiros



Este livro do Prof. Paulo Nogueira Neto é considerado o precursor da meliponicultura no Brasil, pois trouxe, de modo científico, as técnicas já implantadas - à época - na apicultura, tornando a meliponicultura uma criação mais racional.

Quem puder ter a oportunidade de ler este livro se deparará com um tesouro literário, já considerado raro, pois várias edições foram lançadas e encontram-se esgotadas.
Numa pesquisa no Google encontrei este endereço que fornece o livro em sua íntegra, só não sei até quando estará disponível: http://eco.ib.usp.br/beelab/pdfs/livro_pnn.pdf

sábado, 31 de janeiro de 2009

Outro Meliponário


Meliponário observado em Nova Friburgo-RJ, em que há uma maior separação das caixas. Isso devido às duas espécies colocadas nos cavaletes, pois trata-se da Mandaçaia e da famosa Jataí, ambas, principalmente a Mandaçaia, mais encontradas no Sudeste do país, na Mata Atlântica, e por ser a Jataí das família das trigonas (torçe-cabelos), temos a razão desta separação entre as caixas. Um meliponário feito com materiais da região.