
Colônia de trigonas na mata.
Abelha Jandaíra, Meliponicultura e Ambientalismo.

Na experiência que temos em nosso meliponário, depois de anos de lida com as jandaíras, através da observação e do que pesquisamos chegamos em algumas conclusões quanto ao tipo de modelo de caixa que se aproximasse do "ideal", tanto na praticidade da lida, como na colheita do mel, quanto na maneira de abrir e interferir no desenvolvimento da colônia.
De acordo com esta gravura da época, podemos ter uma noção de como as abelhas eram criadas com a finalidade de fornecer mel para uma população que não conhecia o açúcar, que ainda era considerado uma especiaria vinda de longe e destinada aos nobres... Mas a abelha utilizada nesta exploração racional era a famosa abelha européia, dividida em várias sub-famílias de acordo com a região de origem, e guardando uma característica que lhe é peculiar, frente à abelha africana e africanizada que conhecemos: a abelha européia, apesar de ter ferrão, é relativamente dócil e pode ser criada em quintais próximos de casas. As criações de abelhas certamente era uma maneira fácil de ser obter um alimento saudável e calórico. Com certeza o Clero contribuía para a formação de criatórios de abelhas, e se tornou uma criação que migrou, com a colonização de novas terras. Aqui os colonizadores conheceram as nossas melíponas e trigonas, que não têm ferrão, e por já possuírem técnicas seculares de manejo apícola, deve ter sido algo natural se depararem com as abelhas que já eram criadas pelos indígenas. A abelha é um inseto que, além de promover a polinização das plantas, da flora, ainda fornece e forneceu esse alimento que já foi tido como muito importante para populações em várias partes do mundo, tanto no passado como no presente.