quarta-feira, 27 de junho de 2007


Um pensamento que me ocorreu em dado instante em que estava totalmente envolvido com o mundo fantástico das abelhas, ao procurar pesquisar e ler tudo que se referia às mesmas mesmo não sendo ainda um meliponicultor nem um zootecnista, era a capacidade de uma colônia viver segundo regras estabelecidas, em que cada membro, desde o berço, já nascia com uma função específica, sem embates, sem maledicências, sem crises de identidade. E a maioria da população de uma colônia de abelhas poderia ser definida, segundo os conceitos humanos e contemporâneos, como um grupo de explorados, de marginalizados, a maioria dominada por uma minoria. Mas elas celebram a vida ao seu jeito: cumprindo a sua missão de sobrecarregar a colônia de alimentos necessários não para elas, as campeiras ou coletoras, mas para o futuro, para os filhos que nascerão, os seus irmãos, nascidos da mesma abelha rainha, a única que goza de privilégios nesta sociedade estranha aos nossos olhos, mas uma sociedade que encontrou o seu jeito de se desenvolver e perpetuar a sua espécie.

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